Autismo, como suspeitar um possível diagnóstico?
- Fabio Corrêa

- 25 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de set. de 2020
O que é o autismo e quais os principais sinais?
Atualmente denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA), o quadro do autismo infantil engloba uma série de aspectos do desenvolvimento infantil que se manifestam em maior ou menor grau de acometimento – e, por isso, utiliza-se a noção de espectro. O diagnóstico de TEA passou a englobar três quadros clínicos principais: Autismo clássico (aquele tipo mais conhecido, em que há um comprometimento nas áreas de interação, comportamento e linguagem, além de relevante déficit cognitivo), o Autismo de Alto funcionamento (ou Síndrome de Asperger: os portadores conseguem se expressar através da fala e são muito inteligentes, acima da média da população) e Distúrbio Global do Desenvolvimento (tem características do TEA, como alteração de interação e comportamento, mas não há um diagnóstico fechado).
As principais alterações nas crianças com TEA são:
– Interação social: Ausência ou baixa frequência de contato visual, sem interação espontânea com adultos e crianças;
– Comportamento: Repetitivo, estereotipado (dar pulos, chacoalhar as mãos ou sem balançar). Ter interesse restrito em temas e brinquedos específicos.
– Linguagem: Ausência ou atraso significativo do desenvolvimento de linguagem oral (compreensão e expressão) e alteração em diversas habilidades linguísticas.
Frequentemente recebo pais questionando, qual é a idade ideal para o diagnóstico?
O fundamental é que o diagnóstico do autismo seja feito antes dos três anos de idade. Em nenhuma outra época da vida nosso cérebro é tão plástico como nesse período inicial. Portanto, se a criança nascer com predisposições adaptativas desfavoráveis, esses primeiros três anos constituem o melhor momento para se tentar resolver suas dificuldades. Os especialistas confirmam que é desse modo que se obtêm os melhores resultados terapêuticos.
Quais são os mitos comuns sobre o autismo?
Há alguns mitos em relação ao autismo que precisam ser desfeitos. São eles: a falta de emoção, a agressividade, o retardo ou a genialidade e o balanço, ou seja, o mito de que todos os autistas rodam pratos ou balançam-se para frente e para trás continuamente. A realidade é que não existe um padrão fixo para todos os autistas. No entanto, a falta de informações confiáveis faz com que os pais neguem o autismo quando não vêem esses estereótipos nos seus filhos. É preciso aceitar o quanto antes a doença para que, encarada de frente, possa ser combatida e superada.
O papel da família é fundamental no relacionamento com um indivíduo do TEA.
Tanto a família como um todo, quanto a escola e o ambiente de convívio da criança têm papel fundamental no acompanhamento e tratamento de pequenos com autismo. No entanto, o que não podemos negar é o papel de destaque que os irmãos têm na vida dos autistas e como são essenciais para a melhora deles em todos os sentidos.
Comentários